Este CD é o registro sonoro do projeto 'Interlúdio - 05 min. 00 seg.',
onde as peças que o compõem foram concebidas a partir de impressões
sobre seis espaços públicos da cidade de Porto Alegre. O projeto
objetiva a execução destas peças nos
locais para os quais cada uma
delas foi concebida, durante horários pré-determinados. E são justamente
estes horários que dão nome às peças, intervalos de 5 minutos (o tempo de
cada música).
O CD foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Cooperativa Sônica em
Porto Alegre, com engenharia de som de Mário "Maluquinho" Dal Santo, entre
22 de março e 11 de abril de 2000.
A foto da capa foi feita por Cristiano Rosa. A janela representa um limite
entre um espaço interior e outro exterior, segundo o grupo uma espécie de
interlúdio.
A foto dos integrantes foi feita pelo co-diretor do show, NI I, onde o fundo
usado é o mesmo painel de negativos que compõe o cenário do espetáculo.
Veja abaixo a ficha técnica dos elementos usados para transformar em música
as impressões humanas e arquitetônicas de espaços públicos da cidade.
18h. 54min. 18h. 59min.
Esta peça é a primeira das três parcerias entre o Club d'Essai e o músico
mineiro Paulo Beto, também conhecido por seu trabalho nas bandas Anvil FX,
Freakplasma, Silverblood e Shiva Las Vegas.
A marca desta peça é o acúmulo gradativo dos elementos que a compreendem,
tanto da base (criada por Paulo Beto) quanto da percussão do grupo.
Os objetos usados como percussão foram:
- tonel de plástico tocado com baquetas de ferro e borracha por Luciana Mello
- tonel de ferro tocado com baquetas de alumínio por Eduardo Bichinho
- vergalhão raspado sobre máquina de lavar tocado por Laura Cattani
- vassourinha tocada sobre pára-choque por Luciana
- isopores friccionados tocados por Eduardo
A ser ilustrada por Márcio Monticelli em 6 de Outubro na
Usina do Gasômetro - veja maiores detalhes.
12h. 13min. 12h. 18min.min.
A segunda peça apresenta uma cadência "jazzística", contornada por um
envolvente entrelaçamento de climas criados por fragmentos musicais e
estranhos sons labiais, na base criada pelo diretor de vídeos NI I, que
desenvolve uma parceria não só musical com o grupo.
Nesta peça o ritmo é criado por:
- tonel plástico tocado com baquetas de ferro e borracha por Eduardo
- tonel de ferro tocado com baquetas de alumínio por Luciana
- corrente percutida no ar por Laura
- furadeira sobre máquina de lavar tocada por Laura
A ser ilustrada por Bibiana Coronel em 2 de Outubro no Metrô -
Estação Rodoviária - veja maiores detalhes.
12h. 59min. 13h. 04min.min.
A base desta peça, criada por Paulo Beto, sugere uma melodia de "caixa de
música", que junto às marcações rítmicas colocadas pelo grupo, evolui do
delicado para uma ambiência ruidosamente perturbadora.
A percussão é composta por:
- tonel plástico tocado com baquetas de ferro e borracha por Luciana
- tonel de ferro tocado com baquetas de madeira por Eduardo
- vassourinha sobre placa de ruídos tocada por Laura
A ser ilustrada por Adriana Banana em 3 de Outubro no
Mercado Público - veja maiores detalhes.
14h. 12min. 14h. 17min.min.
Nesta peça o caos é a medida exata entre a percussão densa e arrastada e a
base claustrofóbica de Paulo Beto.
Na quarta peça são usados os seguintes objetos:
- caixa de zinco com esteira tocada com baquetas de madeira por Luciana
- grade tocada com vergalhões por Laura
- corrente sobre máquina de lavar tocada por Eduardo
A ser ilustrada por Ary Coelho em 1o. de Outubro no
Brique da Redenção - veja maiores detalhes.
17h. 26min. 17h. 31min.min.
Uma contagem regressiva de treze a sete que costura uma seqüência ilógica de
diversos fragmentos musicais na base organizada por NI I. Nesta peça o grupo
optou por percussões que apenas delineiam de forma ilustrativa esta
Babel polifônica.
Cada percussionista executa uma série de objetos:
- Luciana: tonel de ferro, tonel de plástico, mini-klang, canos
de PVC e compensado
- Laura: tonel plástico, garfo e corrente sobre placa de ruídos e
furadeira sobre máquina de lavar
- Eduardo: tonel plástico, tonel de ferro e vergalhões sobre máquina
de lavar
A ser ilustrada por Ary Coelho em 5 de Outubro na
Estação Rodoviária - veja maiores detalhes.
18h. 20min. 18h. 25min.min.
Para esta peça o grupo criou a base em parceria com NI I. A idéia é a
desconstrução de diversas obras contemporâneas em favor da transformação
radical de seus contextos originais. Sobre esta base o grupo executa uma
percussão agressiva com uma cadência forte e marcada.
Esta peça foi a escolhida pelo grupo para o registro do Manifesto Interlúdio,
escrito por Eduardo e gravado na voz de Laura. O texto ilustra diversas visões
de interlúdio, além de refletir as intenções do grupo com este projeto.
O ritmo é construído pelos seguintes objetos:
- tonel plástico tocado com baquetas de ferro e borracha por Luciana
- tonel de ferro tocado com baquetas de madeira por Eduardo
- mini-klang tocado por Laura
A ser ilustrada por Thais Petzhold em 4 de Outubro na
Casa de Cultura Mário Quintana - veja maiores detalhes.
Manifesto Interlúdio
O meio não é um espaço vazio.
O intervalo não é um tempo abstrato.
Qual é a medida exata deste interlúdio?
A noção de um espaço absoluto?
A distância entre um ponto... e outro.
9,4 x 10(12) Km.*
Ou cinco minutos em algum local em Porto Alegre.
Onde descontinuidades sublimam o tempo.
E ações reverberam no espaço.
A indiferença entre nós dois, o limite ambíguo da janela, da fricção à
combustão, a assimetria do teu beijo, semáforos, de outubro de 1948 a
abril de 1998**, ou cinco minutos... em algum local em Porto Alegre.
* a medida de um ano luz.
**intervalo de tempo entre a estréia do Club d'Essai original na Radiodiffusion
Française (1948) e a fundação do Club d'Essai porto-alegrense.
O CD '05 min. 00 seg.'
pode ser adquirido através deste site
ou nas apresentações do Club d'Essai.
Em breve: download das faixas em MP3
(Conceito)
(Horários)
(O Show)
(A Mostra)
(O Vídeo)
(Fotos)
(Merchandising)
(Contato)
(Home)